(Isa Musa de Noronha)
Descobrimos nessas últimas chuvas
Que o telhado de nossa varanda carece de reformas.
Meio encolhidos no sofá
Escutávamos os trovões ameaçadores.
Por uma fresta da cortina
Podíamos ver densas nuvens negras.
A tempestade passou...
À varanda,
Aproveitávamos aquele frescor
Que sempre chega depois da chuva
E... Lá estava ela... Impertinente!
Uma goteira...
Pingando, pingando...
Ficamos ali, abraçados
Meio indigentes, nos abrigando um no outro
Preocupados...
- Ah, essa chuvarada ainda nos vai dar prejuízo, eu disse.
E meu amor com o melhor dos sorrisos...
- Deixa estar, não será esta a última borrasca que enfrentaremos juntos. A gente dá um jeito.
Coisa boa essa cumplicidade carinhosa.
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