A exatos dois anos do início da Copa do
Mundo de 2014, especialistas debatem pela primeira vez os projetos de
acessibilidade no evento Copa for All, que será realizado de 11 a 13 de
junho em São Paulo. Inscrições para participação são gratuitas.
O Brasil está prestes a realizar dois dos maiores eventos esportivos do planeta. Doze estádios estão sendo construídos para a Copa de 2014. Aeroportos e portos, reformados. Centenas de hotéis implantados e reformados. Obras de mobilidade urbana se espalham pelas cidades. São mais de R$ 20 bilhões em obras de infraestrutura e de telecomunicações. Mas será que as novas construções serão acessíveis a todos os públicos?
O Brasil possui mais de 46 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. São pessoas com dificuldades de locomoção, auditiva, visual, entre outras. O que está sendo planejando para atender esse público e os milhares de turistas que precisarão de uma atenção especial durante a Copa do Mundo? Quais os planos brasileiros nas áreas de tecnologia e inovação voltados à pessoa com deficiência?
Para debater essas e outras questões, exatamente a dois anos da Copa de 2014, será promovido o Copa for All, primeiro debate brasileiro com foco na acessibilidade da Copa 2014 e Olimpíadas 2016. “Escolhemos o tema porque ainda não conhecemos os projetos de acessibilidade relacionados às arenas, aos hotéis, aos aeroportos e outros equipamentos que estão sendo preparados para os megaeventos”, destaca Rodrigo Prada, um dos organizadores do encontro.
Prada lembra que na Copa 2010 alguns estádios construídos para o Mundial da África do Sul não foram projetados para atender requisitos de acessibilidade e o que se viu foi um grande desrespeito aos portadores de necessidades especiais. “A Fifa reforça as orientações quanto à segurança nos estádios, como procedimentos e equipamentos para evacuação do local em caso de emergência. Porém, a entidade que organiza o Mundial não especifica, por exemplo, qual o número de lugares destinados a pessoas com deficiência, deixando a critério da legislação do país esta definição”.
De acordo com o turismólogo e cadeirante Ricardo Shimosakai, um dos palestrantes do evento, o essencial para pessoas com deficiência física em um estádio de futebol são rampas ou elevadores, dependendo da estrutura arquitetônica, instalações sanitárias, circulação com rotas acessíveis e sinalização adequada, além do espaço onde a pessoa com deficiência física assistirá ao jogo.
Um serviço de apoio é recomendado pela FIFA, para que todas as pessoas com deficiência possam ser atendidas. Mapas táteis do estádio, sinalização em Braille e pisos táteis são itens importantes para quem tem deficiência visual. Para atendimento de pessoas com deficiência auditiva, é importante contar com profissionais treinados para interpretar a Língua Brasileira de Sinais (Libras), que apesar de ser utilizada somente no Brasil possui semelhanças com outras línguas estrangeiras de sinais.
Além dos estádios, toda a infraestrutura das cidades também deve ser pensada sob a ótica da acessibilidade. Pois o evento influenciará outras áreas como a de transportes aéreo e rodoviário, hotelaria, informação, além da visitação turística nos pontos importante de cada cidade-sede.
O evento Copa for All acontece no auditório da Vivo em São Paulo de 11 a 13 de junho e contará com a presença de arquitetos projetistas das arenas, especialistas em mobilidade urbana e aeroportos, profissionais da área jurídica e autoridades públicas e lideranças políticas como o deputado Romário, grande incentivador de uma Copa do Mundo acessível a todos. Para abertura do encontro, uma apresentação do humorista Geraldo Magela (Ceguinho) sobre as dificuldades de um turista cego no país da Copa do Mundo.
As inscrições são gratuitas, porém limitadas e poderão ser realizadas no www.copaforall.com.br ou por telefone: (11) 3337-5633. Copa for all, de 11 a 13 de junho, às 20h30, no Teatro Vivo (Chucri Zaidan, 860 – Brooklin, São Paulo)
Fonte: Revista Fator
O Brasil está prestes a realizar dois dos maiores eventos esportivos do planeta. Doze estádios estão sendo construídos para a Copa de 2014. Aeroportos e portos, reformados. Centenas de hotéis implantados e reformados. Obras de mobilidade urbana se espalham pelas cidades. São mais de R$ 20 bilhões em obras de infraestrutura e de telecomunicações. Mas será que as novas construções serão acessíveis a todos os públicos?
O Brasil possui mais de 46 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. São pessoas com dificuldades de locomoção, auditiva, visual, entre outras. O que está sendo planejando para atender esse público e os milhares de turistas que precisarão de uma atenção especial durante a Copa do Mundo? Quais os planos brasileiros nas áreas de tecnologia e inovação voltados à pessoa com deficiência?
Para debater essas e outras questões, exatamente a dois anos da Copa de 2014, será promovido o Copa for All, primeiro debate brasileiro com foco na acessibilidade da Copa 2014 e Olimpíadas 2016. “Escolhemos o tema porque ainda não conhecemos os projetos de acessibilidade relacionados às arenas, aos hotéis, aos aeroportos e outros equipamentos que estão sendo preparados para os megaeventos”, destaca Rodrigo Prada, um dos organizadores do encontro.
Prada lembra que na Copa 2010 alguns estádios construídos para o Mundial da África do Sul não foram projetados para atender requisitos de acessibilidade e o que se viu foi um grande desrespeito aos portadores de necessidades especiais. “A Fifa reforça as orientações quanto à segurança nos estádios, como procedimentos e equipamentos para evacuação do local em caso de emergência. Porém, a entidade que organiza o Mundial não especifica, por exemplo, qual o número de lugares destinados a pessoas com deficiência, deixando a critério da legislação do país esta definição”.
De acordo com o turismólogo e cadeirante Ricardo Shimosakai, um dos palestrantes do evento, o essencial para pessoas com deficiência física em um estádio de futebol são rampas ou elevadores, dependendo da estrutura arquitetônica, instalações sanitárias, circulação com rotas acessíveis e sinalização adequada, além do espaço onde a pessoa com deficiência física assistirá ao jogo.
Um serviço de apoio é recomendado pela FIFA, para que todas as pessoas com deficiência possam ser atendidas. Mapas táteis do estádio, sinalização em Braille e pisos táteis são itens importantes para quem tem deficiência visual. Para atendimento de pessoas com deficiência auditiva, é importante contar com profissionais treinados para interpretar a Língua Brasileira de Sinais (Libras), que apesar de ser utilizada somente no Brasil possui semelhanças com outras línguas estrangeiras de sinais.
Além dos estádios, toda a infraestrutura das cidades também deve ser pensada sob a ótica da acessibilidade. Pois o evento influenciará outras áreas como a de transportes aéreo e rodoviário, hotelaria, informação, além da visitação turística nos pontos importante de cada cidade-sede.
O evento Copa for All acontece no auditório da Vivo em São Paulo de 11 a 13 de junho e contará com a presença de arquitetos projetistas das arenas, especialistas em mobilidade urbana e aeroportos, profissionais da área jurídica e autoridades públicas e lideranças políticas como o deputado Romário, grande incentivador de uma Copa do Mundo acessível a todos. Para abertura do encontro, uma apresentação do humorista Geraldo Magela (Ceguinho) sobre as dificuldades de um turista cego no país da Copa do Mundo.
As inscrições são gratuitas, porém limitadas e poderão ser realizadas no www.copaforall.com.br ou por telefone: (11) 3337-5633. Copa for all, de 11 a 13 de junho, às 20h30, no Teatro Vivo (Chucri Zaidan, 860 – Brooklin, São Paulo)
Fonte: Revista Fator
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